O Adobe Photoshop tem sido, por décadas, a ferramenta padrão para edição e manipulação de imagens. Com o avanço da inteligência artificial, a Adobe introduziu os Neural Filters, um conjunto de ferramentas impulsionadas pela tecnologia Adobe Sensei, prometendo simplificar processos complexos. Como Unmesh Dinda, do renomado canal PiXimperfect, destaca, para quem ainda utiliza versões mais antigas como o Photoshop CS6, essas novidades podem parecer um universo à parte. Neste artigo, mergulharemos especificamente no filtro Neural Filter Skin Smoothing (Suavização de Pele), analisando seu funcionamento, eficácia e comparando-o com métodos tradicionais, como ações personalizadas, para entender qual oferece os melhores resultados para um retoque de pele profissional e natural.
Os Neural Filters do Photoshop representam uma nova era na edição de imagens, utilizando inteligência artificial e machine learning para realizar tarefas que antes demandavam tempo e conhecimento técnico aprofundado. O objetivo é democratizar o acesso a edições complexas, oferecendo resultados impressionantes com poucos cliques. Embora por vezes referidos com humor como o 'Snapchat do Photoshop, só que mais lento', devido ao processamento na nuvem de alguns filtros, seu potencial é inegável.
Entre os diversos Neural Filters disponíveis, o Skin Smoothing é um dos mais populares, especialmente para fotógrafos de retrato e retocadores. Sua promessa é suavizar a pele de forma inteligente, preservando texturas e detalhes importantes para um resultado natural.
Este filtro utiliza algoritmos de inteligência artificial para identificar áreas de pele na imagem e aplicar ajustes de suavização. Ele tenta equilibrar a remoção de imperfeições com a manutenção da textura natural da pele, um desafio constante no retoque.
Antes de aplicar qualquer técnica de suavização de pele, seja com Neural Filters ou métodos tradicionais, é fundamental realizar uma limpeza prévia. A remoção de manchas, espinhas e outras imperfeições maiores garante que o filtro de suavização trabalhe de forma mais eficaz e não tente 'borrar' detalhes que deveriam ser corrigidos pontualmente.
Conforme demonstrado por Unmesh Dinda, o primeiro passo é criar uma nova camada vazia para trabalhar de forma não destrutiva. Com a ferramenta Pincel de Recuperação (Healing Brush Tool) ou Pincel de Recuperação para Manchas (Spot Healing Brush Tool) selecionada, configure a opção 'Sample' (Amostra) para 'Current & Below' (Atual e Abaixo). Isso permite que você colete informações de textura e cor da camada original (abaixo) e aplique a correção na camada vazia. Pressione Alt (ou Option no Mac) e clique em uma área limpa próxima à mancha para definir a amostra, e então pinte sobre a imperfeição.
Para visualizar melhor as imperfeições, especialmente as mais sutis, uma técnica eficaz é criar uma camada de verificação. Adicione uma camada de ajuste de Preto e Branco (Black & White). Nas propriedades desta camada, reduza drasticamente o controle deslizante 'Vermelhos' (Reds) e, se necessário, ajuste os 'Amarelos' (Yellows). Isso intensifica o contraste das imperfeições, tornando-as mais fáceis de identificar e corrigir na sua camada de retoque.
Após a remoção das manchas, o próximo passo é aplicar o Neural Filter Skin Smoothing:
O Neural Filter Skin Smoothing possui dois controles principais:
A chave para um resultado natural, como explica Unmesh Dinda, é encontrar um equilíbrio entre esses dois controles. Geralmente, busca-se manter o 'Blur' em níveis mais baixos para preservar a textura e ajustar o 'Smoothness' para uniformizar os tons sem perder o realismo.
Unmesh Dinda, em seu vídeo, propõe um comparativo interessante entre o Neural Filter Skin Smoothing e uma ação de Photoshop que ele mesmo criou há alguns anos, baseada em técnicas de separação de frequência.
A ação personalizada de PiXimperfect utiliza uma combinação de filtros como o Desfoque de Superfície (Surface Blur) para suavizar os tons e o filtro Passa-Alta (High Pass) para recuperar e controlar a textura da pele. Essa abordagem é similar aos princípios da separação de frequência, uma técnica consagrada no retoque profissional.
A ação geralmente envolve:
A análise comparativa revela pontos interessantes:
No exemplo de retrato facial, o Neural Filter Skin Smoothing, quando configurado adequadamente (baixo 'Blur', 'Smoothness' ajustado), tendeu a produzir um resultado mais natural e agradável na pele do rosto, preservando bem a textura original e suavizando os tons de forma convincente. A Adobe parece ter feito um bom trabalho em treinar seu algoritmo para resultados sutis.
A ação personalizada, embora no exemplo facial específico tenha parecido um pouco menos natural que o Neural Filter (segundo a análise no vídeo), brilha em flexibilidade. Como ela não depende da detecção de 'pele' por IA, pode ser aplicada a qualquer superfície. Unmesh Dinda demonstra isso ao usar a ação para suavizar rugas em uma jaqueta jeans, algo que o Neural Filter Skin Smoothing não conseguiria fazer, pois não identificaria a jaqueta como pele. Além disso, a ação permite um controle manual muito maior sobre cada etapa do processo, possibilitando ajustes finos que o Neural Filter não oferece de forma tão granular.
Apesar de sua eficácia em muitos cenários, o Neural Filter Skin Smoothing possui limitações importantes.
A principal limitação é sua dependência da detecção de rostos (e, por extensão, pele humana). Como visto nos exemplos:
Isso significa que, para um retoque completo que envolva outras áreas além do rosto, ou para superfícies não humanas, o Neural Filter Skin Smoothing não é a solução ideal.
A escolha entre o Neural Filter Skin Smoothing do Photoshop e uma ação personalizada como a da PiXimperfect depende largamente do contexto e das necessidades do projeto. Para edições rápidas focadas em rostos, onde a naturalidade e a preservação da textura são prioridade com mínimo esforço, o Neural Filter se mostra uma ferramenta surpreendentemente capaz e, em alguns casos, superior em sutileza.
No entanto, para um controle mais granular, a capacidade de aplicar suavização em áreas não faciais (ou mesmo não cutâneas) e a flexibilidade de ajustar cada parâmetro do processo, as ações personalizadas baseadas em técnicas como Desfoque de Superfície e Passa-Alta ainda mantêm seu valor. Elas exigem um pouco mais de intervenção manual, mas oferecem um domínio maior sobre o resultado final.
É crucial lembrar que nenhuma dessas ferramentas automáticas ou semiautomáticas substitui completamente o conhecimento fundamental de técnicas de retoque avançadas, como a separação de frequência manual ou o dodge and burn, especialmente para trabalhos de alta qualidade comercial. Contudo, tanto o Neural Filter Skin Smoothing quanto as ações bem construídas podem ser excelentes adições ao arsenal de qualquer editor de imagens, otimizando o fluxo de trabalho e ajudando a alcançar resultados impressionantes com maior eficiência. A tecnologia da Adobe Sensei continua a evoluir, e é provável que os Neural Filters se tornem ainda mais poderosos e versáteis no futuro.
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