Jefferies prevê aumento de preço do iPhone 17, mas sem impacto suficiente para reavaliar as ações da Apple
Jefferies prevê aumento de preço do iPhone 17, mas sem impacto suficiente para reavaliar as ações da Apple
A corretora Jefferies projeta que o iPhone 17 será lançado com um acréscimo de US$ 50 nas versões Slim, Pro e Pro Max (o modelo base não muda). O ajuste equivale a 4 %–5 % acima dos preços do iPhone 16 — e, segundo a equipe liderada por Edison Lee, deve apenas compensar custos maiores, sem gerar margem extra capaz de impulsionar o papel da Apple (NASDAQ: AAPL).
Por que o custo vai subir
Somando insumos (+US$ 20 – 25) e tarifas (~US$ 25), o aumento de preço de US$ 50 cobre apenas a inflação dos custos.
Expectativas para o 4.º trimestre fiscal
Jefferies segue otimista para o resultado de junho (4T fiscal), apoiado por sinais de forte procura por iPhones. As três grandes operadoras dos EUA reportaram alta combinada de 22 % nas vendas de aparelhos, ante 6 % no 1T 2025 — maior ritmo em seis trimestres. A demanda antecipada por causa de tarifas favorece Apple, Samsung e Motorola, que somaram 91 % das vendas de smartphones nos EUA em 2024.
Expansão da produção na Índia
Checagens na cadeia indicam que a Apple planeja fabricar 18 % dos iPhones 17 na Índia no 2.º semestre de 2025, subindo para 25 % no 1.º semestre de 2026 e 30 %–35 % no 2.º semestre. Até 2026, inclusive o modelo dobrável terá parte da produção local. A meta de longo prazo é chegar a 40 % de produção indiana (cobrindo a demanda de EUA e Índia), com os demais 60 % vindos da China.
Apesar do avanço, o rendimento das linhas indianas (94 %–97 %) ainda é inferior ao chinês (99 %), o que eleva o custo de montagem em 2 %–5 %. Freight adicional e produtividade menor também pesam. Jefferies calcula que o diferencial de tarifas EUA-China precisaria superar 10 p.p. para compensar financeiramente a mudança, mas exigências de segurança de suprimento e de conteúdo local podem acelerar a transição mesmo sem ganho imediato.
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